quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Tejo Internacional

No último fim de semana de Agosto fomos conhecer o Tejo Internacional. Foi uma autonomia de 3 dias com uma pequena equipa formada por mim e a Carla, e o Calado e a Sofia desde a Barragem de Alcântara até à Barragem de Cedille. Um percurso muito bonito, com muita variedade e quantidade de fauna, que apenas peca pela deficiente qualidade da água.

O nossa pequena missão começou por ir até ao à Barragem de Cedille passado a fronteira pela ponte da barragem. Deixamos um carro para o resgate e seguimos para Alcântara onde íamos começar a autonomia.


Chegamos à Ponte Romana de Alcântara e depois de algumas volta lá encontramos um bom ponto de entrada na água, cerca de 1km a montante da barragem. Descarregamos o material, organizamos as tralhas e carregamos bem os barcos. Um bocadinho de trabalho e braços para levar tudo até ao rio e começamos o passeio.

No primeiro dia percorremos a o percurso do Tejo ainda completamente Espanhola, onde há muitos bichinhos que parecem não se incomodar muito com a nossa passagem. Nesse percurso a água é ainda bastante transparente, o rio é estreito e com pequenas falésias como margens. Ao longo do percurso passamos por uma zona com muitas Grifos, Águias e Abutres, e uma outra onde íamos vendo Corsos.

Montamos acampamento numa zona plana de areia que se escondia no meio das pedras. Durante o jantar começamos a sentir a vizinhança a aparecer e durante a noite fomos visitados por Raposas e Veados.

No dia seguinte acordamos cedo, lavamos todo o material e tomamos um bom pequeno almoço. Antes de partirmos para a jornada do segundo dia resgatamos umas cervejolas que ficaram a "de molho" no rio e aproveitamos que ainda estavam fresquitas para servirem de sobremesa.


Carregamos novamente os kayaks, desta vez com uma organização francamente melhor e seguimos para a água. Depois de alguns minutos a remar chegamos à fronteira entre Portugal e Espanha, junto à foz do Rio Erges. Subimos um pouco o Erges que tem características semelhantes ao percurso da véspera, com a vantagem de ser mais estreito.

Voltamos ao Tejo e prosseguimos a descida. As margens mantinham-se muito interessantes, com vegetação abundante e muita variedade animal mas a água começou a piorar. Apesar de ser relativamente transparente, a poluição da água faz com que se desenvolvam muitas pequenas algas que se acumulam junto da superfície e empobrecem o rio. O rio tem muitos pequenos afluentes, secos nesta altura do ano, que formam algumas quedas diretamente para o plano de água do Tejo.

Depois de uma longa pausa para almoço à sombra continuamos a remar, com o pequeno azar de começar vento contra. Apesar do pequeno transtorno, à velocidade devagar-devagarinho prosseguimos a descida até ao ponto do acampamento da segunda noite, junto a uma pequena casa chamada "El Refugio". Tivemos direito a condições de luxo para o acampamento, com direito a banco e mesa de pedra para o jantar e um patamar empedrado perfeitamente plano para montar as tendas.

No terceiro dia acordamos novamente cedo e repetimos o processo matinal do pequeno almoço, arrumação, jola fresquinha antes de continuarmos o percurso. No percurso de terceiro dia o rio torna-se mais largo e chega a uma zona onde começam a haver muitos indícios de civilização. O rio estava cheio de armadilhas para lagostins: um bocado triste perceber que comemos bichinhos apetitosos com origem naquelas águas pouco apetecíveis. Ao longo do percurso vamos passando por várias casas nas margens, dedicadas a olivais e a pesca.

Mais uma vez, repetiu-se o vento contra depois de almoço que dificultou um pouco a reta final de 5km até ao paredão da Barragem de Cedille. Apesar do pequena dificuldade acrescida chegamos ao fim, tiramos os barcos da água e seguimos novamente para Alcântara para resgatar a carrinha. Pelo caminho não resistimos a uma pequena paragem em Carbajo para umas saudosas cevejolas bem geladinhas na esplanada do bar da piscina.

Regressamos até aos kayaks, carregamos tudo e voltamos para casa com o percalço de termos a fronteira da barragem fechada e termos de ir dar a volta a Valência de Alcântara. A volta extra foi compensada por uma bela galinha tostada no forno num restaurante da Portagem.

(+ fotos)
A quem quiser fazer este percurso recomendo o final da primavera, na expectativa da água estar mais limpa, e no sentido contrário se o vento se mantiver. Uma descida apenas da parte espanhola de subida do Erges pode ser uma boa alternativa.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Ribeiras da Seda e Raia

Águas bravas em Portugal durante o verão: no Alentejo, uma das regiões mais secas do país. Por isso, no fim de semana passado fomos até à região de Mora e Avis com 4 barcos de cima do carro para umas passeatas na zona, incluindo duas descidas organizadas pela Associação dos Amigos da Natureza do Cabeção.

Rumámos para sul na quinta feira e depois de algumas paragens pelo caminho, chegámos ao parque de campismo de Avis já ao entardecer. Montámos as tendas e fomos rapidamente para a água para uma pequena passeata que acabou já bem de noite.

Quando terminámos a voltinha, conhecemos um novo amigo que pensa iniciar-se no kayak de mar e que nos acompanhou no dia seguinte.

Na sexta feira acordámos cedo, encontra-mo-nos com o novo companheiro e seguimos até ao paredão da barragem do Maranhão. Uma pequena volta com 9km para cada lado que deu para experimentarmos os barcos uns dos outros, e ainda para uma pequena sessão de treinos no final do passeio.

Saímos da água já bem depois da hora de almoço, carregamos o carro e fomos até à Ponte da Amizade, perto do Cabeção, Mora. Comemos um almoço improvisado e passamos parte da tarde a tentar fugir dos 40º à sombra.

Por volta das 17:30 voltámos a tirar os kayaks de mar do carro e remámos mais cerca de 5km para montante até ao Açude do Gameiro para beber uma cervejinha na esplanada. Voltámos para cima, jantámos e fomos até ao Cabeção para uma bela noite de convívio e cervejolas. A noite já estava bem avançada quando voltámos para a Ponte da Amizade para passar a noite onde já tínhamos deixado as tendas montadas.

No sábado acordámos quase de madrugada já com muitas pessoas reunidas para o início da XII descida da Ribeira da Seda. Depois da logística toda tratada partimos para o paredão da Barragem do Maranhão onde ia começar a descida. No inicio da descida passámos por dois pequenos rápidos de classe 2 para começar a levantar as expectativas dos participantes. 10km de água parada por entre vegetação e bicharada e chegámos à parte mais interessante do percurso. Passámos por uma série de açudes de pedra, alguns deles semi-destruidos, que formam rápidos de classe 2 e 3, com direito a vários viranços...


A descida terminou já na Ribeira da Raia, junto à Ponte da Amizade com uma grande almoçarada bem regada de jolas e seguida de um bom jantar no Solar da Vila, em Cabeção, com especialidades locais, sangria, tinto e jolas...

No domingo partimos para montante para a descida do percurso clássico da Ribeira da Raia. O percurso começou junto a um pequeno açude em rampa de muito fácil transposição. Depois do açude remámos flat durante 40min até chegarmos ao rápido principal da ribeira. O rápido começa com uma série de aceleradores e um pequeno salto até uma piscina e termina com um um pequeno salto duplo. Até ao final passa-se ainda passámos por mais uma série de aceleradores, rápidos e uma pequena onda. Quase no final do percurso podemos saltar do cimo de uma pedra para refrescar e para alguns canoistas experimentarem novas sensações...



Depois da descida de domingo passámos ainda pela vila de Cabeção para mais uma vez comer no Solar da Vila, antes de regressarmos a casa numa longa viagem com a companhia constante de uma bela trovoada e chuva forte.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Rios Cértima e Levira

Depois de uma grande noite de festança no Kulverão em Nespereira estava combinada uma surfada na Barra.

Acordar cedinho, carregar uma rosca no carro e seguir para Aveiro. A meio caminho à noticias de cancelamento da surfada e trato de uma alteração rápida de planos...

Segui para o Parque do Prego em Perrães, Oiã, junto à confluência dos rios Cértima e Levira. Ao chegar, tenho uma surpresa de luxo: camas de rede montadas e à disposição! :D

Aproveitei a receção de luxo para dormir um belo sono antes de peguar na barcaça para subir o Levira enquanto era possível navegar por entre árvores que se inclinam para cima do rio. Depois de chegar a um pequeno açude feito com paletes e contraplacado tive de voltar à sua foz e tentei subir também o Cértima.

Já que andava de rosca, aproveitei para continuar na direção da Pateira, passando por dois pequenos rápidos onde o principal perigo é ficar atolado na areia... O plano de chegar à Pateira também não foi cumprido porque mais uma vez estavam árvores inclinada e caídas sobro o rio.

Da parte da tarde tentamos voltar ao programa inicial de surfada na Barra, mas não passou de um arejamento de ideias na auto-estrada de Mini Moke.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Ilhavo - Vagos

Uma passeata no canal Sul da Ria de Aveiro, desde a ponte que liga Ilhavo à Gafanha de Aquém até Quintã, ao pé de Vagos.

Um passeio calmo com a maré a encher em altura de lua cheia, e com direito a uma pequena onda estática no final.

Ofir's surfing session

No sábado passado fomos provar o sal do mar junto à praia de Ofir. Entramos para a água em Esposende e descemos o rio. Apesar do nevoeiro denso, passamos a barra fomos surfando enquanto íamos andando para Sul.



Depois de umas boas ondas voltamos para Esposende, arrumamos as trouxas e fomos procurar uma das partes mais importantes da canoagem: jolas e moelas...

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Pateira de Fermentelos

Uma tarde de férias calma à volta da Pateira de Fermentelos, com direito a umas variações de jardinagem e pesca em kayak.

Depois de um bom Coelho à Caçador ao almoço, fui até à margem sul da Pateira de Fermentelos e encontrei uma boa sombra com uma Bateira virada.


Depois de um sono bem dormido, vagueei um pouco pela margem a juntar lenha seca miúda para acender a lareira no inverno antes de ir para uma voltinha de kayak.

Comecei a remar e segui para Oeste com ideia de tentar entrar no braço que se estende para Sul até à Pateira do Mamodeiro. No entanto, fiquei a saber que essa passagem só é possível durante o Inverno, quando há cheias. Nesta altura do ano a ligação existe, mas está repleta de nenúfares, juncos e sacintos que impedem a passagem.
Segui então para Norte até à ponte velha do Requeixo e subi o rio Águeda durante 2 ou 3km.

Na volta de regresso estive à conversa com o pescador Gil, que já trazia um bom saco de lagostins e ia lançar uma rede para pescar pimpões. Acompanhei-o e tentei ajudar enquanto esticava a rede e espantava o peixe para o apanhar. Na parte de espantar o peixe na direção da rede não custa muito ajudar :D. Logo na primeira rede esticada apanhou 2 carpas grandes e bastantes pimpões.

Depois do material arrumado e carregado no carro, passei na cabana onde os pescadores e amigos costumam fazer as tainadas e vim prendado com uma bela carpa para casa. Vou ter de voltar agora à zona para retribuir a oferta do peixe, e quem sabe colaborar numa nova pescaria...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Ribeira de Canelas

Uma pequena passeata na zona de Canelas, também conhecida por Bocage.

Comecei por navegar a zona de água doce da Ribeira de Canelas. É uma zona muito simpática para um pequeno passeio com muita vegetação e bicharada. A BioRia tem um pequeno percurso de pequena rota na zona e garante uma relativa boa manutenção do local. Nesta altura do ano a Ribeira está fechada da ria para permitir regas com a água.

Por outro lado, está ligada ao Rio Vouga através de uma série de canais. Apesar do acesso não ter sido feito por água (tinha de passar por uma manilha um pouco apertada), fui continuar o passeio no Canal de ligação ao Vouga. Este canal não está tão limpo de vegetação como a Ribeira o que, apesar de dificultar a navegação, o torna ainda mais interessante. Foi pena não ter dado para subir o canal até ao fim porque era preciso passar por uma manilha que tinha algumas silvas no outro lado.

Fica a vontade de voltar e seguir o canal até ao fim (apesar de saber que não é possível ir até ao rio), e ir conhecer os restantes canais juntos aos percursos da BioRia.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Porto - Aguda

Hoje de manhã aproveitamos uma folga rápida improvisada e fomos remar um pouco.

Saímos da Afurada em direção à Barra do douro ainda com a ajuda da maré vazante. Depois de passarmos a barra seguimos para sul, sempre a uma curta distância da costa por causa do nevoeiro denso. Continuamos rumo a sul com o tempo cada vez melhor e uma vaga bastante simpática.

Dado o avançar da hora, e a necessidade de ir trabalhar durante a tarde, acabados por terminar o passeio na Aguda, com direito a um pequeno viranço em frente ao molhe. Tempo para por em prática as técnicas de resgate na zona de rebentação e resolver o "problema" bastante rapidamente....+ fotos

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Kayak no Miño 2011

O clube de águas bravas de Salvaterra do Miño organizou mais um encontro de águas bravas de verão e como não podia deixar de ser, fomos participar.

O rio levava pouca água, houve uns problemas de logística mas uma grandes festança para compensar...


música da biblioteca do youtube por causa dos direitos de autor :(